Desde sempre a emoção de estar no Parque São Jorge foi grande. Lembro-me do caminho feito a pé para chegar da minha casa até ele.Um caminho simples: era só atravessar a Via Dutra, passar por uma rua de terra com um córrego no meio, atingir a marginal Tietê, atravessar as duas primeiras pistas, passar sobre o Rio Tietê pela ponte de tambores, que tinha na frente do Parque do Piqueri, dai só faltava uma pista, a outra nem precisava atravessar e já estava diante do estádio corinthiano. A Fazendinha com sua arquibancada de madeira coberta para aqueles que temiam as chuvas ou o forte calor do sol. Mas foi em sua arquibancada que aprendi a respeitar este chão, como também a admirar um Deus. E este Deus tinha um nome: Rivelino, a influencia dele sobre minha vida foi a luta e o empenho que ele demonstrava todas as vezes que vestia o uniforme do Corinthians. E como foi lindo esperar os jogadores saindo pelo porta debaixo da arquibancada ao lado do portão principal de nosso estadio: fechava-se a passagem da arquibancada formando um corredor, abria-se o portão e por ali saia o time esperado com seu uniforme branco e preto puro, sem influencias do consumismo, simples, mas puro.
Neste mesmo estádio vi a disputa da Taça São Paulo de Junior, numa delas, a de 1981, surgi um jovem irreverente: Casa Grande, e ele não era o craque do time, para mim o melhor desta edição foi Eli que teve poucas oportunidades no time principal, marcou um gol contra o Náutico, e foi negociado para este time. Num Corinthians e Ponte Preta achei muita graça quando o lateral pontepretano Ordilei foi cobrar um escanteio e ao tomar distancia não percebera a aproximação do alambrado e quando partiu para bater na bola foi seguro pela camisa, ficou com raiva, mas foi engraçado. Neste mesmo estádio vi o Corinthians perder de 4X1 para o Mogi mirim em 1999 e não contente junto a Fiel protestei atrás do banco a insatisfação do empenho do time, mas desta vez minha companhia era outra, sobre os meus ombros diante deste protesto agora meu filho, que já experimentara outro marco antes deste: a homenagem ao time campeão de 1977 num jogo entre Corinthians e Ponte Preta com os jogadores que disputaram a final da noite da libertação, esta festa foi em 1996.
Neste domingo frio vários jogos voltaram para meu consciente, muitas lembranças. A comparação dos primeiros jogos com este todo estranho as minhas lembranças me fez questionar a presença do responsável por estar ali: meu pai que me conduzia não só para a ser corinthiano, mas para viver este corinthianismo estar ali e torcer para a camisa com todo amor e devoção, carregar a família enfrentar as adversidades e se fazer presente. Não deixar que esta camisa entre em campo sem seu maior representante que é o povo.
Vídeo e imagens da conquista corinthiana:
Sensacional Domingos!
ResponderExcluirTanto o texto, como o vídeo e as fotos.
Parabéns e obrigado.
Vai CORINTHIANS!
Fantastico... não vou mais perguntar se eles querem "nota fiscal", vou deixar pronta... rsrsrsrsrsrsrsr "É nóis timão"!!!!
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